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Protocolo clínico para Pulpotomia

Segunda-feira, 21.11.11


A Pulpotomia consiste na técnica em que se remove a polpa coronária, quando a lesão não chega a atingir a polpa radicular. É necessário que para ter um bom prognóstico, a polpa no exame clínico-visual de consistência e sangramento pulpares sejam positivo, um exemplo, é que o sangue deve ser de cor "vermelho vivo", pois o escurecimento do sangue significa falta de oxigênio e sague muito claro, amarelado, é também desfavorável. O remanescente pulpar, por sua vez, deve está consistente (deve resistir a ação da cureta), ou ter um aspecto pastoso/liquefeito. A coroa dentária deve está "quase" íntegra ou com paredes espessas e resistentes (caso contrário, seria idicado outro tratamento, como por exemplo uma prótese fixa).
Um exemplo de pulpotomia é indicado, é um traumatismo com exposição pulpar, ou ainda uma exposição pulpar durante a remoção do tecido cariado. Esta polpa, nesse caso, já se encontra agredida por bactérias, podendo apresentar um processo degenerativo.


Protocolo Clínico:

1. Anestesia;
2. Isolamento absoluto;
3. Remoção da dentina cariada;
4. Remoção do teto da camâra pulpar;
5. Excisão da polpa coronária com curetas afiadas ou broca esférica lisa. Cortar a 0,5 mm abaixo da entrada dos canal(is) radicular(es);
6. Lavagem abundante da ferida cirurgica (água destilada, soro fisiológico ou detergente específico);
7. Hemostasia espontânia e secagem da cavidade com bolinha de algodão estéril.
8. Aplicação da solução de corticosteróide-antibiótico por 10 a 15 minutos.
9. Aplicação do hidróxido de cálcio puro pró-analise (ele deve estar em contato com a polpa para agir) e cimento para combrir o hidróxido de cálcio ou aplicação de uma camada de MTA;
10. Remoção do excesso de material das paredes laterais.
11. Colocação da restauração provisória ou imediata.

OBS 1.: A solução irrigada deve ser fisiológica ou neutra (soro, água destilada, detergente específico), hipoclorito e anestésicos são contra indicados.

OBS 2.: Para maior sucesso indica-se sessão dupla, com a colocação de corticosteróide-antibiótico sobre a polpa por 2 a 7 dias, porém é necessário uma ótima restauração provisória para que não haja infiltração.

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Tratamento endodontico conservador em dentes decíduos

Quinta-feira, 17.11.11



Os dentes decíduos apresentam maior dificuldade no trata-mento endodôntico devido a seu tamanho reduzido em todas as dimensões.
A cárie é um problema freqüente em dentes de-cíduos. Entre os dentes com cárie profunda, cerca de 75% apresentam comprometimento pulpar e, consequentemente, necessitam de tratamento endodôntico.


Antes de escolher a técnica a ser utilizada no tratamento, é preciso levar em conta o estado em que se encontra a polpa dentária e aí sim optar por uma técnica conservadora ou radical.

Técnica conservadora

A técnica conservadora é realizada em polpas vivas, com o objetivo de preservar sua vitalidade. A técnica mais utilizada para esse tipo de tratamento é a pulpotomia e é indicada para casos em que a polpa do dente está viva, hígida e livre de infecções ou, no máximo, em início de processo degenerativo.

A pulpotomia é contra-indicada em casos de: reabsorção radi-cular externa patológica, reabsorção radicular interna, calcificações pulpares, tumefação de origem pulpar ou mobilidade patológica. Em casos de necrose pulpar, a pulpotomia não tem validade alguma.

Quando se opta pela técnica conservadora, não há necessidade de entrar nos canais radiculares e, caso não se obtenha sucesso, ainda é possível fazer um tratamento radicular.

A remoção da polpa coronária é seguida da utilização de um medicamento. Entre os medicamentos utilizados na pulpotomia podemos citar o hidróxido de cálcio, o formocresol e o glutaraldeído(GA).

» hidróxido de cálcio

O uso de hidróxido de cálcio após a pulpotomia em dentes decíduos tem a finalidade de capear a porção radicular. Várias pesquisas foram feitas com esse medicamento, mas os resultados não foram muito animadores.
Em alguns casos, foi constatada reabsorção interna severa após a utilização de hidróxido de cálcio P.A, o que desaconselha sua utilização em dentes decíduos.

» formocresol

O formocresol é o medicamento mais utilizado na pulpotomia e seus resultados costumam ser satisfatórios. O grande problema desse medicamento está no fato de ele apresentar características tóxicas e mutagênicas, causando certa agressão à polpa dental.
O formocresol pode provocar reações na polpa e, em alguns casos, pode se difundir no periápice. Para diminuir as agressões causadas pela fórmula original, tem-se utilizado o formocresol diluído 1/5.
A técnica é recomendada no caso de dentes decíduos cariados, já que estes não reagem favoravelmente ao hidróxido de cálcio.

» glutaraldeído(GA)

O tratamento com glutaraldeído costuma obter sucesso. O medicamento pode ser utilizado como substituto do formocresol por fixar-se aos tecidos superficialmente, limitando a penetração na polpa e mantendo sua vitalidade. O formocresol provoca maiores reações periapicais que o glutaraldeído por penetrar rapidamente além das regiões periapicais, enquanto o glutaraldeído atinge no máximo a região inferior da raiz.

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