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O Blog sobre Medicina Dentária com informações sobre: Higiene, Educação, Prevenção e Tratamentos Atuais; relacionados a Saúde Oral de adultos e crianças. criado em 09/03/2010
Descoberta pioneira a nível mundial pode «alterar» a História
Por Carla Sofia Flores
Condições de vida influenciam evolução da maturação dentária
Sabia-se que as condições ambientais influenciaram, ao longo da História, o crescimento humano e a maturação sexual, mas julgou-se, durante muito tempo, que o desenvolvimento dentário não se modificava em resposta às alterações do meio.
No entanto, Hugo Cardoso, antropólogo e investigador da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), conseguiu observar e documentar, pela primeira vez e de forma consistente, uma aceleração na maturação dentária, o que já tinha sido sugerido, mas nunca comprovado. Tal descoberta poderá abalar a fiabilidade das estimativas de idade dos esqueletos pré-históricos, feitas a partir da dentição.
Num estudo publicado no “American Journal of Human Biology”, o doutorado em antropologia biológica revelou que os dentes das crianças portuguesas estão a desenvolver-se mais cedo do que há 100 anos, em resposta à melhoria de condições de nutrição e de cuidados de saúde, sendo que esta evolução poderá também ser verificada no resto do mundo.
“Julgava-se que isso apenas acontecia para outros sistemas biológicas, como a maturação óssea ou o crescimento em estatura e no peso e que o desenvolvimento dentário era afectado apenas pelos genes, com pouco ou nenhuma influência ambiental”, afirmou Hugo Cardoso, em declarações ao “Ciência Hoje”.
A descoberta desta evolução pode, na opinião do investigador, “afectar a fiabilidade das estimativas” de antropólogos que usam o desenvolvimento dentário para estipular a idade de esqueletos de identidade desconhecida, obtidos em escavações arqueológicas de contextos funerários históricos ou pré-históricos.
“Essas estimativas são baseadas em métodos que utilizaram crianças modernas que cresceram em condições mais favoráveis e, quando aplicados esses métodos a populações arqueológicas, que viveram de uma forma geral em condições mais pobres, é natural que a dentição esteja atrasada e que as crianças pareçam mais jovens do que são”, sublinhou.
Leia mais em:
http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=46369&op=all
Dentição Decídua (dentes de leite)
A dentição decídua possui 3 grupos de dentes, os incisivos, os caninos e os molares.
O surgimento dos primeiros dentes costuma ser aos 6 meses e prolonga-se aproximadamente até aos 30 meses, embora haja bebés que têm o primeiro dente tão cedo quanto os três meses ou tão tarde quanto um ano.
A cronologia aproximada do surgimento é a seguinte:
Um adulto tem normalmente 32 dentes, dezesseis na mandíbula (inferior) e dezesseis na maxila (superior). Estando dispostos, oito em cada hemiarcada. Os quatros incisivos, localizados bem na frente, cortam pedaços de comida não muito duros. Junto deles, estão os dois caninos, um de cada lado. Por serem pontiagudos, servem para dilacerar e perfurar. Os incisivos e os caninos preparam uma quantidade de alimento para entrar na boca. A tarefa seguinte fica para os quatro pré-molares e seis molares: a de cortar, esmagar e triturar o alimento.
Nos humanos, pode-se dizer que os dentes além da função mastigatória, possuem as funções estética (muito importante nas relações sociais) e de auxílio na fonação visto que a pronúncia correta de alguns fonemas aqueles participam juntamente com a língua.