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Prótese infantil: cuidados e indicações

Sexta-feira, 23.03.12

Prótese infantil: cuidados e indicações



Entrevista com a Profª Dra. Helenice Biancalana


Engana-se quem pensa que apenas adultos necessitam de próteses dentárias. Em alguns casos, crianças também precisam. Muitas vezes, as avulsões ocorrem por traumas, má higienização, alimentação com excesso de açúcar e carboidratos, entre outros desequilíbrios. Esses hábitos são agressivos e provocam doenças que agem rapidamente causando grandes destruições coronárias, atingindo grupos dentários e, por conta disso, a criança pode ter uma perda precoce, mutilando sua oclusão em uma das fases mais importantes de crescimento e de desenvolvimento.

Helenice Biancalana, cirurgiã-dentista, odontopediatra e diretora do Departamento de Prevenção da Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas (APCD), explica as consequências que esse tipo de avulsão dentária pode causar nos pacientes. "Essas perdas causam problemas na fonação, deglutição, mastigação, entre outras funções que comprometem o equilíbrio facial. Além disso, também atinge a autoestima da criança e sua relação com o meio social".

O diagnóstico e o planejamento são multiprofissionais, onde o programa de Educação e orientação à criança e à família para reeducação alimentar e higienização bucal adequada é de fundamental importância para o sucesso do tratamento.

Atualmente, há diversos recursos que podem ser utilizados para evitar esses problemas: coroas unitárias (pré-fabricadas de aço inoxidável para molares decíduos); coroas de aço (com a função de mantenedor de espaços, feitas de policarbonato para dentes anteriores, quando a estética é imprescindível); coroa estética com núcleo, onlay de resina, prótese fixa com cursos para a região anterossuperior (utilizada na perda precoce de incisivos); prótese removível (com função de mantenedor de espaço estético-funcional); e prótese total.

O tratamento

O tratamento se inicia desde a primeira consulta ao odontopediatra. Lá, o responsável pela criança recebe as orientações e as condutas que poderão ser realizadas pelo odontopediatra. "Para se estabelecer o diagnóstico, além da anamnese criteriosa, os exames clínico e radiográfico são imperiosos. Vale ressaltar que na Odontopediatria, o profissional é um especialista de muitas outras subespecialidades, como a Psicologia, a Endodontia, a Dentística etc.", completa a Dra. Biancalana.

"Tratar de crianças requer conhecimento técnico-científico das áreas clínicas inerentes à Odontologia, assim como um estudo sobre seu comportamento e meio de convivência para melhor interação com o paciente durante todo o tratamento. Diante do exposto, o tempo de tratamento dependerá muito das lesões encontradas, mas, por outro lado, o planejamento, a organização, e a presença da equipe auxiliar são ações indispensáveis para a agilidade nos procedimentos", explica a doutora.

Após o diagnóstico e o planejamento do tratamento, o protocolo inicia-se desde a primeira consulta. "É importante dar orientações à família sobre a importância da higienização oral, equilíbrio da dieta alimentar e adequação do meio bucal com os procedimentos estabelecidos individualmente para cada caso - que muitas vezes envolvem exodontias, remoção do tecido cariado, inserção com ionômero de vidro, e endodontias - se necessários. Após a recuperação da saúde bucal da criança, inicia-se a fase restauradora e protética, mas é de bom tom lembrar que a sequencia pode ser alterada de acordo com a necessidade", comenta.

As próteses

Boa parte dos tipos de próteses em Odontopediatria é pertinente aos dentes decíduos, que são elementos temporários e exercem todas as funções para uma vida saudável. "A prótese deve obedecer a critérios e requisições, pois a criança é um ser humano em crescimento e desenvolvimento e em constante mudança. A instalação da dentição decídua tem início aos seis meses de idade e se completa por volta dos trinta meses. Especialmente nesse período, os pais são responsáveis e devem ser vigilantes, juntamente com o auxílio do cirurgião-dentista especializado, de todas as mudanças que acontecem neste ciclo de vida", explica a Dra. Biancalana.

As próteses devem estar bem ajustadas ao preparo protético. Além disso, devem ser de fácil higienização, não interferirem na fonação e posicionamento lingual quando forem removíveis e, assim como a prótese total, devem ser controladas, ajustadas e adaptadas pelo odontopediatra e pelos profissionais de Ortopedia Funcional dos Maxilares para o acompanhamento do crescimento e do desenvolvimento craniofacial do paciente.

Em relação à higienização oral - e também dos aparelhos protéticos removíveis estético/funcionais -, o procedimento é específico para cada faixa etária, de acordo com a sua habilidade motora. Assim, os pais devem se responsabilizar pela atenção, colaboração e vigilância dessa atividade, principalmente após as refeições. "O uso de aparelhos removíveis requer disciplina para não haver perda do aparato e transtorno para a família. Regras devem ser estabelecidas para se atingir o objetivo da reabilitação oral.", finaliza.

"Para ter uma boa saúde geral, visite seu Médico Dentista regularmente"

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