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O Blog sobre Medicina Dentária com informações sobre: Higiene, Educação, Prevenção e Tratamentos Atuais; relacionados a Saúde Oral de adultos e crianças. criado em 09/03/2010
Para os casos em que há mortificação pulpar, o tratamento mais indicado é a técnica radical, realizando-se a pulpectomia. O objetivo principal da pulpectomia é manter a estrutura do dente, impedindo que eles sejam perdidos e que os outros dentes sofram deslocamento.
Pulpectomia
Esse tipo de tratamento é contra-indicado em dentes com reabsorção radicular interna ou externa avançada, infecção periapical que envolva a cripta do dente sucessor, abcessos volumosos ou dentes com grande perda de estrutura radicular.
A pulpectomia baseia-se na ação de medicamentos intracanais que façam a desinfecção destes. É preciso remover a maior parte possível do tecido contaminado para o tratamento agir sobre a menor quantidade possível desse tecido. Entre os me-dicamentos utilizados podemos citar:
» Pasta de óxido de zinco e eugenol
A pasta de óxido de zinco e eugenol é bastante utilizada. Ao entrar em contato com tecidos vivos, o medicamento gera uma inflamação crônica, com formação de abcesso e necrose. Duas semanas após o capeamento da polpa com a pasta, a dege-neração pulpar é bastante aparente no local e a inflamação crônica abrange a porção apical do tecido pulpar.
» Pasta RKI
A pasta – uma mistura de iodoforme, cânfora, paramonoclorofenol e mentol não apresenta nenhum efeito sobre os dentes permanentes sucessores quando utilizada para tratamento de canal de dentes decíduos, isso porque ela dissolve rapidamente.
Caso a pasta KRI extravase para dentro do tecido periapical, ela é rapidamente substituída com tecido normal. Em algumas situações, ela pode sofrer reabsorção dentro do canal radicular.
Dificuldades
Os dentes decíduos apresentam maior dificuldade no tratamento endodôntico devido a seu tamanho reduzido em todas as dimensões. Como o esmalte e as paredes dentinárias são mais finos, as cáries atingem mais rapidamente a raiz. A morfologia dos canais radiculares de dentes decíduos é mais complexa e dificulta a utilização de alguns instrumentos, medicamentos e materiais obturadores.
O fato dos pacientes serem pediátricos tam-bém é um agravante. Eles podem, muitas ve-zes, terem atitudes que dificultam o trata-mento. O comportamento da criança – soma-do aos diferenciais do dente decíduo que dificultam seu tratamento – faz com que alguns CDs optem por não fazer esse tipo de tratamento. Mas não se pode deixar de lado a importância do tratamento endodôntico em dentes decíduos. Isso pode comprometer seriamente a dentição permanente.