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Tratamento endodontico conservador em dentes decíduos

Quinta-feira, 17.11.11



Os dentes decíduos apresentam maior dificuldade no trata-mento endodôntico devido a seu tamanho reduzido em todas as dimensões.
A cárie é um problema freqüente em dentes de-cíduos. Entre os dentes com cárie profunda, cerca de 75% apresentam comprometimento pulpar e, consequentemente, necessitam de tratamento endodôntico.


Antes de escolher a técnica a ser utilizada no tratamento, é preciso levar em conta o estado em que se encontra a polpa dentária e aí sim optar por uma técnica conservadora ou radical.

Técnica conservadora

A técnica conservadora é realizada em polpas vivas, com o objetivo de preservar sua vitalidade. A técnica mais utilizada para esse tipo de tratamento é a pulpotomia e é indicada para casos em que a polpa do dente está viva, hígida e livre de infecções ou, no máximo, em início de processo degenerativo.

A pulpotomia é contra-indicada em casos de: reabsorção radi-cular externa patológica, reabsorção radicular interna, calcificações pulpares, tumefação de origem pulpar ou mobilidade patológica. Em casos de necrose pulpar, a pulpotomia não tem validade alguma.

Quando se opta pela técnica conservadora, não há necessidade de entrar nos canais radiculares e, caso não se obtenha sucesso, ainda é possível fazer um tratamento radicular.

A remoção da polpa coronária é seguida da utilização de um medicamento. Entre os medicamentos utilizados na pulpotomia podemos citar o hidróxido de cálcio, o formocresol e o glutaraldeído(GA).

» hidróxido de cálcio

O uso de hidróxido de cálcio após a pulpotomia em dentes decíduos tem a finalidade de capear a porção radicular. Várias pesquisas foram feitas com esse medicamento, mas os resultados não foram muito animadores.
Em alguns casos, foi constatada reabsorção interna severa após a utilização de hidróxido de cálcio P.A, o que desaconselha sua utilização em dentes decíduos.

» formocresol

O formocresol é o medicamento mais utilizado na pulpotomia e seus resultados costumam ser satisfatórios. O grande problema desse medicamento está no fato de ele apresentar características tóxicas e mutagênicas, causando certa agressão à polpa dental.
O formocresol pode provocar reações na polpa e, em alguns casos, pode se difundir no periápice. Para diminuir as agressões causadas pela fórmula original, tem-se utilizado o formocresol diluído 1/5.
A técnica é recomendada no caso de dentes decíduos cariados, já que estes não reagem favoravelmente ao hidróxido de cálcio.

» glutaraldeído(GA)

O tratamento com glutaraldeído costuma obter sucesso. O medicamento pode ser utilizado como substituto do formocresol por fixar-se aos tecidos superficialmente, limitando a penetração na polpa e mantendo sua vitalidade. O formocresol provoca maiores reações periapicais que o glutaraldeído por penetrar rapidamente além das regiões periapicais, enquanto o glutaraldeído atinge no máximo a região inferior da raiz.

"Para ter uma boa saúde geral, visite seu Médico Dentista regularmente"

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