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O Blog sobre Medicina Dentária com informações sobre: Higiene, Educação, Prevenção e Tratamentos Atuais; relacionados a Saúde Oral de adultos e crianças. criado em 09/03/2010
A Organização Mundial da Saúde (OMS) avaliou que houve um constante, porém frágil, progresso na saúde em todo o mundo no ano passado, sobretudo no que diz respeito aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Entre os destaques está a queda da mortalidade materna e infantil em crianças menores de 5 anos.
Em balanço publicado nesta terça-feira, 4, o órgão destacou ainda que a influenza A (H1N1) atingiu em 2010 um período classificado como pós-pandemia, com redução no número de casos e óbitos.
Outro avanço citado foi o anúncio de uma nova vacina contra a meningite, doença que mata mais de 450 milhões de pessoas apenas na África. O medicamento, de acordo com a OMS, é promissor por ser de baixo custo e eficaz no combate às infecções.
O órgão lembrou também que o ano de 2010 foi arrasado por tragédias naturais que dificultaram melhorias na saúde, como o terremoto no Haiti e as inundações no Paquistão.
O “Cancrum Oris” ou simplesmente NOMA é encontrado quase que exclusivamente em crianças desnutridas em países mais pobres. É uma gangrena viciosa e mortal que corrói a carne ao redor da boca e face, principalmente em miudos de até 6 anos. Estima-se que 70-90 % destes miudos morrem, mas para aqueles que sobrevivem , resta a trágica situação de passar o resto de seus dias com os rostos são tão desfigurado que são rejeitadas por suas sociedades. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que até 500 mil miudos são vítimas de NOMA na África. A maioria dos casos, o NOMA começa com úlceras nas gengivas. De lá, a doença se espalha, a boca fica dolorida, bochechas e lábios se tornam sensíveis e inchados. Isso faz com que o miudo tenha dores insuportáveis e dentro de poucos dias a carne facial começa a gangrenar. À medida que a gangrena destrói a carne (às vezes até os ossos) se forma uma crosta que eventualmente cai deixando imensos buracos no rosto. Nos bebês, geralmente, os lábios são totalmente destruídos, impedindo assim a criança sem lábios se alimente no seio materno. Depois da decomposição facial, 4 entre 5 crianças morreram se não chegarem a um hospital a tempo e como a maioria das vítimas vivem em extrema pobreza e em aldeias remotas, o tratamento médico não é uma consideração. Os poucos sobreviventes levarão uma desfiguração grotesco para o resto de suas vidas e a maioria jamais será capaz de comer ou falar normalmente. E o que mais choca nisso tudo é saber que esse mal devastador, pode ser prevenido apenas com uma alimentação saudável e higiene bucal.
As imagens que nossa equipa encontrou na net são maningue fortes por este motivo não as postamos.
Os dentes estão totalmente formados na adolescência, e não são afetados diretamente pelo HIV ou medicamentos anti-HIV. Redução da densidade mineral óssea observado em pessoas com HIV não afeta o esmalte do dente (a superfície dura dos dentes expostos), e não se sabe o que afeta, se houver, que pode ter sobre o osso que suporta os dentes.
Nenhum tratamento de qualquer problema de saúde oral devem ser evitados simplesmente porque uma pessoa é HIV positivo. Relatórios no início da epidemia da AIDS sugere que procedimentos como canais radiculares que não deve ser realizado em pessoas com HIV. Também houve sugestões de que o tratamento odontológico deve ser adiado por qualquer pessoa com um CD4 contagem abaixo de 200 células / mm 3. Embora estes relatórios eram imprecisas, o seu impacto continua a ser sentida, alguns livros com publicação recente data ainda contêm esses erros. Dentistas que seguem estas recomendações erradas fazê-lo em violação do Americans with Disabilities Act, e em violação das normas comunitárias aceite.
Todos os procedimentos e dispositivos - incluindo cirurgia periodontal, endodontia (canais), ortodontia (aparelhos e retentores), implantes, clareamento, e pontes - podem ser previstas com segurança e eficácia, independentemente do estado imunológico. As decisões sobre tais procedimentos devem ser feitas pelo indivíduo HIV positivo, em consulta com o dentista dele ou dela. Como sempre, deve-se pesar o custo eo tempo do serviço em relação aos benefícios esperados.
Fonte: HealthCentral
Os portadores de HIV necessitam, além dos cuidados médicos, de atendimento odontológico criterioso que abrange dois tipos de abordagem.
A primeira é o tratamento dentário tradicional, que visa eliminar as formas mais comuns de infecção bucal, que são a cárie e a doença periodontal, além da orientação para os cuidados de higiene bucal para a prevenção de novas infecções.
Este tipo de atendimento pode e deve ser realizado por todos os dentistas, segundo o código de ética odontológico, em nada diferindo do atendimento a ser prestado a outros pacientes. As normas de biossegurança são recomendadas para todos os pacientes e não são, de modo algum, exclusivos daqueles sabidamente portadores de alguma forma de infecção.
A outra forma de abordagem seria com relação às manifestações bucais que a infecção pelo HIV apresenta. Muitas vezes, essas alterações representam os primeiros sinais clínicos da doença, podendo alertar o dentista para a suspeita de infecção pelo HIV e um encaminhamento adequado do caso.
As lesões bucais mais comumente associadas são candidíase, leucoplasia pilosa, doença periodontal associada ao HIV, sarcoma de Kaposi, herpes e ulcerações atípicas, entre outras. O diagnóstico precoce de qualquer alteração bucal favorece um tratamento e recuperação melhor para o paciente.
Orientamos para prevenção: visitas periódicas ao dentista e a realização de auto-exames periódicos, em frente ao espelho, observando atentamente todas as partes dos tecidos bucais.
Sandra Torres
Estomatologista e professora da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal Fluminense (RJ)