Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O Blog sobre Medicina Dentária com informações sobre: Higiene, Educação, Prevenção e Tratamentos Atuais; relacionados a Saúde Oral de adultos e crianças. criado em 09/03/2010
Caso você esteja em planejamento de tratamento radioterápico na região de cabeça e pescoço em razão de tumores nessa região é imperativo que passe por uma avaliação odontológica a fim de prevenir complicações bucais. Saiba que alterações podem ocorrer, tais como: boca seca (xerostomia), perda do paladar, cárie de radiação, mucosite (inflamação das mucosas da boca), etc.
O dentista poderá realizar uma avaliação ampla e detalhada a fim de eliminar todos os riscos de aparecimento dessas complicações. No entanto, essas são algumas recomendações para os pacientes que ainda não iniciaram a radioterapia:
1. Procure manter e realizar uma boa higiene bucal por meio de escovação adequada (escovas macias) uso de fio dental e anti-séptico bucal (Periogard e Cariax);
2. Alimente-se de maneira saudável especificamente com alimentos ricos em fibras e vitaminas, como por exemplo, frutas e verduras;
3. Evite utilizar próteses (dentaduras e pontes) mal adaptadas e que estejam machucando no dia-a-dia.
As complicações bucais tardias da radioterapia afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes em razão da dificuldade de alimentação, fala e deglutição. Portanto, caso você não tenha recebido orientações antes da radioterapia e desenvolvido algumas das alterações bucais a seguir, essas são algumas recomendações básicas:
Boca Seca (Xerostomia) – A saliva diminui drasticamente após a radioterapia em cabeça e pescoço ou torna-se extremamente grossa e viscosa dificultando a alimentação. Procure ingerir água freqüentemente carregando uma garrafinha a tiracolo para minimizar o ressecamento das mucosas bucais. Existem no mercado vários substitutos de saliva e a adaptação a esses produtos é bastante pessoal. Alguns nomes desses substitutos são: Salivart, Salivan, Biotene entre outros que são encontrados em spray (borrifar várias vezes na boca) ou na forma gel. Não existe nenhuma contra-indicação para o uso. Procure também estimular a salivação por meio de ingestão de alimentos de sabor fortes e cítricos (frutas como limão, laranja, abacaxi, etc.). O estomatologista ainda pode receitar medicações que podem estimular sua salivação.
Cárie de Radiação – Essa é uma complicação muito freqüente e bastante séria, pois pode destruir completamente seus dentes após alguns meses do fim da radioterapia. A cárie de radiação está relacionada com alterações provocadas pela radiação nos próprios dentes e também com a mudança da dieta (pacientes passam a fazer uso de alimentos mais cariogênicos) e a falta de saliva. Nunca realize extração de dente se você apresenta esse quadro. Esse procedimento está contra-indicado em situações de cárie de radiação, pois poderá resultar em outra complicação ainda mais grave. Portanto, após o fim da radioterapia você deve iniciar imediatamente um programa de prevenção de cárie, com visitas regulares ao dentista, uso rotineiro de flúor tópico em altas concentrações, higiene bucal rotineiramente e realizar procedimentos odontológicos (restaurações, tratamento de canal, etc.) assim que diagnosticados problemas dentários. O objetivo dessas condutas é evitar o aparecimento da cárie de radiação. Além desses cuidados bucais, procure alimentar-se adequadamente com alimentos com pouco açúcar, doces e etc.
Mucosite– As mucosas da boca tornam-se mais sensíveis após a radioterapia, portanto procure manter uma boa higiene bucal para diminuir a irritação local. Existem, no mercado, algumas escovas de cerdas extremamente macias e que evitam o trauma das mucosas (Escova Supersoft Biotene e Escova Tepe). Procure evitar o uso de próteses desadaptadas e que estejam provocando trauma no seu uso diário.
Trismo (Dificuldade de abertura da boca) – A abertura de boca pode tornar-se difícil em algumas situações após a radioterapia. Esse fato deve-se a fibrose muscular dos músculos que realizam a abertura e o fechamento da boca. Recomendo que após o tratamento cirúrgico seguido da radioterapia inicie-se uma fisioterapia domiciliar que consiste de exercícios de abertura da boca após banhos quentes auxiliados com espátulas de madeira e prendedor de roupas “forçando” e alongando os músculos mastigatórios.
Dr. Marcos Curi
Cirurgião Buco-maxilo-facial, estomatoterapeuta
Quimioterapia é um tratamento oncológico amplamente utilizado para variados tipos de tumores. As principais complicações bucais ocorrem devido ao quadro de imunossupressão (queda de resistência imunológica) que os pacientes desenvolvem 1-2 semanas após os ciclos de quimioterapia. Sabe-se que pacientes com melhores condições de higiene bucal apresentam menor risco de desenvolver essas complicações e, portanto, antes de iniciar cada ciclo deve-se realizar um ótimo cuidado com a boca por meio de: escovação dentária, uso de anti-séptico local (periogard e cariax) e se possível, uma profilaxia (limpeza dos dentes) com o seu dentista. Depois de iniciada a quimioterapia, a visita ao dentista é bastante difícil em razão da queda do estado geral dos pacientes (falta de ânimo para ir a consultas), além da queda de resistência do organismo. As principais complicações bucais estão relacionadas com o aparecimento de infecções oportunistas como, por exemplo, herpes simplex (“boqueira”), candidíase (“sapinho”) e abscessos dentários. Outra alteração muito comum é o aparecimento da mucosite bucal.
Mucosite – A inflamação das mucosas da boca aparece após alguns dias do fim da quimioterapia e é caracterizada por várias úlceras em toda boca semelhantes a “aftas”, em geral muito dolorosas, dificultando a alimentação, deglutição e fala. As principais recomendações de prevenção são manter uma boa higiene bucal e a utilização de laser de baixa potência em casos que se espera uma agressão muito grande pela quimioterapia (casos de transplantes de medula óssea). O uso de antiinflamatórios e anestésicos tópicos pode ajudar o alívio da dor e melhorar o conforto dos pacientes.
Infecções oportunistas – Várias infecções podem aparecer no estado de imunossupressão relacionada com vírus, bactérias e fungos. Todas essas infecções podem alongar o período de internação dos pacientes. Portanto, procure manter a higiene bucal adequada mesmo em situações difíceis como internações, enjôos, náuseas e de dificuldade de movimentação dos braços e mãos por meio de escovação na própria cama, uso de bochechos com anti-sépticos locais, etc. Também é muito interessante solicitar a visita regular de um estomatologista (dentista especializado nessa área) a fim de prevenir e/ou diagnosticar qualquer uma dessas infecções logo seu início.
Dr. Marcos Curi
Cirurgião Buco-maxilo-facial, estomatoterapeuta
As várias modalidades do tratamento oncológico provocam manifestações na boca que podem ser prevenidas, tratadas e controladas pelo dentista especializado nesta área: o Oncoestomatologista.
A prevenção e o tratamento das doenças da boca devem se iniciar previamente a qualquer tipo de intervenção recomendada pelo Oncologista (cirurgia, radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, etc.).
É muito importante que haja uma adequação saudável entre o meio bucal, através da eliminação de processos inflamatórios e infecciosos agudos e crônicos e uma orientação rigorosa da higiene a ser mantida com escovas, creme dental, soluções e produtos elaborados individualmente para cada caso.
As manifestações desagradáveis na boca provocadas pela quimioterapia e/ou radioterapia localizada aparecem imediatamente após o inicio do tratamento.
São elas:
• Dificuldade para falar, se alimentar e engolir provocadas pela diminuição da saliva e sensação de boca seca (xerostomia)
• Inflamação e dor na mucosa bucal (mucosite, glossite e aftas)
• Aumento de bactérias cariogênicas e periodontogênicas (cáries, gengivite e periodontite)
• Infecções oportunistas por fungos e vírus (candidíase e herpes).
O agravamento destes quadros poderá acarretar na paralisação do tratamento proposto e/ou internação hospitalar para recuperação do paciente.
O dentista especializado dispõe de recursos terapêuticos para se interpor na evolução das doenças secundárias induzidas pelo tratamento do câncer.
Hoje em dia, muitos são os produtos oferecidos pelo mercado farmacêutico.
Dentre eles:
• Oral Balance, Salivan, etc. que podem substituir a saliva
• Cremes dentais
• Enxaguatórios antiinflamatórios, antitártaro, anticárie
• Soluções oxidantes
• Desagregantes bacterianos
• Outras formulações que poderão atenuar tais manifestações.
Neste processo, é também importante o aconselhamento e o controle nutricional quanto ao tipo, qualidade, quantidade calórica e consistência da ingestão diária de alimentos que ajudem na recuperação do paciente com câncer.
Dr. Gilceu Pace
Cirurgião Dentista especialista em Oncoestomatologia
Uma universidade japonesa e outra americana desenvolveram uma técnica que consegue detectar com rapidez certos tipos de câncer realizando um teste de saliva, afirmaram os pesquisadores nesta terça-feira. Esta tecnologia, desenvolvida pela universidade japonesa de Keio e pela Universidade da Califórnia, permite detectar altas probabilidades de câncer de pâncreas, de mama ou de boca.
Os pesquisadores analisaram amostras de saliva de 215 pessoas diferentes, entre as quais havia pacientes com câncer, e identificaram 54 substâncias cuja presença permite detectar a doenca. Depois de proceder a outros exames, conseguiu-se detectar 99% dos casos de câncer de pâncreas existentes, 95% dos de mama e 80% dos de boca, disseram os cientistas.
A realização deste teste levaria, no máximo, meio dia, segundo os pesquisadores. Esta nova tecnologia é capaz de detectar até 500 substâncias diferentes presentes na saliva ao mesmo tempo, afirmou o professor Tomoyoshi Soga, da Keio.
O pesquisador enfatizou que esta nova tecnologia permitirá detectar com muito mais facilidade o câncer de pâncreas e de boca. “As taxas de sobrevivência do câncer de pâncreas e de boca são particularmente baixas porque os sintomas não são muito claros na fase inicial, e por isso se demora mais em descobrir a enfermidade”, afirmou o comunicado.
“A saliva é mais fácil de examinar que o sangue ou as matérias fecais”, disse o chefe da equipe de pesquisas de Keio, Masaru Tomita, segundo o comunicado. “Gostaríamos de usar essa tecnologia para tentar detectar outras enfermidades também”, afirmou.
Fonte:biomedicos
Existem casos judiciais de pacientes que tinham indicação formal para receberem profilaxia contra endocardite bacteriana e que não foram medicados, apresentando seqüelas imputadas ao profissional. Por outro lado, a prescrição desnecessária submete o paciente a gastos e riscos, também desnecessários, que podem ser cobrados do profissional em juízo.
1 - Classificação das Condições Cardíacas Associadas com Endocardite Bacteriana
2 - Classificação do Atos Odontológicos em relação à indicação da profilaxia
3 - Regime Profilático para Endocardite Bacteriana em Procedimentos Odontológicos
1 - Classificação por Risco das Condições Cardíacas Associadas com Endocardite Bacteriana
1.1 - Categoria de alto risco (Profilaxia recomendada)
Presença de próteses cardíacas
Endocardite bacteriana prévia
Síndromes cardíacas congênitas cianóticas ( tetralogia de Falot, transposição de grandes artérias e outras)
Shunts cirúrgicos
1.2 - Categoria de risco moderado (Profilaxia recomendada)
Maioria de outras malformações congênitas não citadas acima ou abaixo
Disfunções valvares adquiridas (ex: febre reumática)
Cardiomiopatia hipertrófica
Prolapso de válvula mitral com regurgitação e/ou espessamento
1.3 - Categoria de baixo risco - (Profilaxia não recomendada - risco igual ao da população)
Malformações isoladas do septo atrial
Correções cirúrgicas de defeitos do septo atrial, septo ventricular ou persistência do ducto arteriovenoso
Correções cirúrgicas com enxertos coronários (bypass - pontes)
Prolapso da válvula mitral sem regurgitação
Sopro fisiológico, funcional ou inocente
Doença de Kawasaki prévia sem disfunção valvar
Febre reumática prévia sem disfunção valvar
Implantes de marcapasso (intravascular ou epicárdico) ou de desfibrilador
2 - Classificação por Indicação de Profilaxia dos Procedimentos Odontológicos
2.1 - Atos Odontológicos nos quais a Profilaxia da Endocardite é Indicada
Extração dentária
Procedimentos periodontais incluindo cirurgias, raspagem e aplainamento radicular, sondagens e controles
Implantes dentários ou reimplante de dentes avulsionados
Tratamentos endodônticos ou cirurgias periapicais
Colocação de antibióticos subgengivais (todas as formas)
Colocação de bandas ortodônticas (exceto se apenas brackets)
Anestesia injetável intraligamentar (periodontal)
Profilaxia dental ou de implantes quando sangramento é provável
2.2 - Atos Odontológicos nos quais a Profilaxia da Endocardite não é Indicada
Dentística restauradora com ou sem retração gengival
Anestesia injetável local (não intraligamentar)
Manipulação intracanal após a obturação (núcleos)
Colocação de isolamento absoluto
Remoção de suturas
Instalação de aparelhos protéticos ou ortodônticos removíveis
Moldagens
Aplicação de flúor
Tomadas radiográficas
Ajustes de aparelhos ortodônticos
Extração de dentes decíduos
Esfoliação de dentes decíduos
|
||
|
||
Situação |
Droga |
Posologia |
|
||
Profilaxia Padrão |
Amoxacilina |
Adultos: 2.0 g; crianças: 50 mg/kg - Via oral 1 h antes do procedimento |
|
||
Inaptos à medicação oral |
Ampicillina |
Adultos: 2.0 g; crianças: 50 mg/kg - Via IM ou IV 30 min antes do procedimento |
|
||
Alégicos à penicilina |
Clindamicina ou |
Adultos: 600 mg; crianças: 20 mg/kg - Via oral 1 h antes do procedimento |
Cefalexina† or cefadroxil† ou |
Adultos: 2.0 g; crianças; 50 mg/kg - Via oral 1 h antes do procedimento |
|
Azitromicina or claritromicina |
Adultos: 500 mg; crianças: 15 mg/kg - Via oral 1 h antes do procedimento |
|
|
||
Alérgicos à penicilina e inaptos à medicacão oral |
Clindamicina or Cefazolina† |
Adultos: 600 mg; crianças: 20 mg/kg - IV 30 min antes do proced. Adultos: 1.0 g; crianças: 25 mg/kg - IM or IV 30 min antes do procedimento |
IM = intramuscular IV = intravenoso - A dose infantil não deve ultrapassar a adulta
Cefalosporinas não devem ser usadas em indivíduos com reações de hipersensibilidade imediata à peniclina como urticária, angioedema ou anafilaxia
Baseado nas recomendações da American Heart Association WEB SITE
Consulte diretamente sobre profilaxia endocardite na American Heart Association
Mais sobre na American Heart Association
Estas informações não substituem a orientação profissional competente.
Autor:Malthus Fonseca Galvão
http://www.malthus.com.br
CÉLULAS TRONCO EM ODONTOLOGIA
Células-tronco são células que podem se diferenciar e constituir diferentes tecidos no organismo.As células-tronco podem se dividir em embrionárias (com capacidade de se transformar em praticamente qualquer célula do corpo, com exceção da placenta, sendo encontrada somente nos embriões), e as células-tronco adultas (com capacidade de transformação limitada, em geral restrita ao tecido de onde se originam). A obtenção de tecidos ou órgãos a partir de células tronco denominamos de bioengenharia. A odontologia tem sido uma das pioneiras dentro da medicina e uma das que mais pesquisam nesta área.
Para que a bioengenharia seja possível, é essencial um conjunto formado por células-tronco, uma matriz que funcione como arcabouço para o desenvolvimento do novo tecido ou órgão e de proteínas, denominadas fatores de crescimento, como estímulo para diferenciação celular.
Células-tronco adultas tem sido isoladas de vários tecidos do corpo humano, incluindo células que constituem os dentes. Células semelhantes à da medula óssea tem sido obtidas da polpa de dentes decíduos (de leite) humanos, possuindo a capacidade de transformação em diferentes tipos de células, como células ósseas (osteoblastos), células gordurosas (adipócitos), células musculares e células nervosas (neurais).
Alguns pesquisadores como Shi e colaboradores em 2005, utilizando polpa dentária extraída de terceiros molares humanos, detectaram a presença de células-tronco, as quais foram capazes de se transformar em células dentais (odontoblastos) produtoras de dentina.
Com a intenção de desenvolver métodos de reposição de dentes humanos extraídos, Duailib e colaboradores em 2004, conseguiram regenerar coroas dentárias de ratos utilizando técnicas de engenharia tecidual. As células foram cultivadas em laboratório, colocadas em moldes com formato de dentes de rato, e implantadas no abdômen desses animais. Após 12 semanas, contatou-se que os moldes haviam sido absorvidas pelo organismo e formado dentes.
O passo seguinte será induzir o crescimento de dentes em seu devido lugar.
Com o progredir das pesquisas nesta área, num futuro próximo, a reconstrução e construção de dentes vivos e gengiva a partir de células-tronco será plenamente possível.
Fonte:.institutosmile
Cientistas australianos descobriram que os dentes-de-leite podem ser uma fonte valiosa para a extração de células-tronco.
De acordo com os pesquisadores do Instituto Hanson, do Hospital Real de Adelaide, a polpa dos primeiros dentes humanos possui grande quantidade de células-tronco.
Segundo Morris, as células dos dentes-de-leite ainda são mais fáceis de extrair do que as de embriões, algo que ajuda a resolver uma controversa questão ética.
Células-tronco são como coringas, ou seja, células neutras que ainda não possuem características que as diferenciem como uma célula da pele ou do músculo, por exemplo.
Essa capacidade em se diferenciar em outros tecidos têm chamado a atenção dos cientistas. Muitos estudos demonstraram que as células-tronco podem recompor tecidos danificados e, assim, teoricamente, tratar um infindável número de doenças.
Fonte: Folha on line
Portanto para quem não dava importância aos dentes decíduos, está aí mais uma prova de que eles não estão ali só para guardar lugar para os permanentes, já cansei de ouvir mães e pais dizendo "tem problema não quando este cair nasce outro, pode extrair".